Coraçãozinho.
Meu coração tem a cor de meu continente.
O sorriso de minha gente com seus dentes belos e brancos.
Tem os olhos castanhos e os cabelos ondulados como os sonhos aventurosos.
Tem a pele brilhosa como o sol;
E negra como o céu;
E bela como a lua;
E encantada como os candomblés;
Meu coração e afro e brasileiro como somos e haveremos de ser para sempre amém.
Comporta a realeza de Abdias e o Nascimento de um teatro negro;
Um cartola com seus versos e sua prosa com rosas que falam e Mangueira com sua magia;
Mãe Stella e seu Oxossi caçando nossas origens, oferecendo um tornar-se;
De José com seus Arco-Íres de amizade e apoio.
Você José que atravessastes o Arco-Íres cedo demais para meu coração suportar sua ausência.
Coraçãozinho negro, pele parda, ancestralidade, Oxaguiã e muito Axé.
Olho Gordo não pega em Corpo Fechado;
Estou assim, sou um altar onde rezo por meu continente africano-brasileiro.
Gosto dessa poesia livre de todas as correntes do passado, do presente e do futuro.
ResponderExcluir"Olho Gordo não pega em Corpo Fechado"
Não pega mesmo!
Abraços!
http://francorebel.blogspot.com/