domingo, 2 de maio de 2010

Africanidade


Coraçãozinho.

Meu coração tem a cor de meu continente.

O sorriso de minha gente com seus dentes belos e brancos.

Tem os olhos castanhos e os cabelos ondulados como os sonhos aventurosos.

Tem a pele brilhosa como o sol;

E negra como o céu;

E bela como a lua;


E encantada como os candomblés;

Meu coração e afro e brasileiro como somos e haveremos de ser para sempre amém.

Comporta a realeza de Abdias e o Nascimento de um teatro negro;

Um cartola com seus versos e sua prosa com rosas que falam e Mangueira com sua magia;

Mãe Stella e seu Oxossi caçando nossas origens, oferecendo um tornar-se;

De José com seus Arco-Íres de amizade e apoio.

Você José que atravessastes o Arco-Íres cedo demais para meu coração suportar sua ausência.

Coraçãozinho negro, pele parda, ancestralidade, Oxaguiã e muito Axé.

Olho Gordo não pega em Corpo Fechado;

Estou assim, sou um altar onde rezo por meu continente africano-brasileiro.     

Um comentário:

  1. Gosto dessa poesia livre de todas as correntes do passado, do presente e do futuro.

    "Olho Gordo não pega em Corpo Fechado"

    Não pega mesmo!

    Abraços!

    http://francorebel.blogspot.com/

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