Em um dia qualquer, como são os dias, conheci uma bailarina
Logo ao vê-la o dia ficou diferente e minha atenção não podê se dispersar
Não tinha meios de ser indiferente a ela, com seu corpo esquio, seus passos a andar nas ruas como se
fossem feitas de nuvens.
Neste dia espetacular conheci uma bailarina e, me encantei como um navegante, cujo destino é desconhecido e se manifesta além do horizonte.
Minha carta náutica, minhas bússolas todo meu aparato para navegar se dispersou.
Tribulação em motim e um coração à deriva desobedecendo minhas ordenanças.
Me afoguei em seus caprichos de sereia, em sua pele de jasmim e em seu perfume de laranja.
Aliás laranja é fruta que gosto muito.
A bailarina em questão dançava com palavras melódicas.
Gestos delicados e uma pureza de anjo.
Desconfio que se trata de um anjo caído, mas, não importa.
Suporto bem seu peso em meus braços e solicito, a toda espécie de santidade, que seja assim para sempre.
Se o diabo existe é coisa sem eira nem beira como o amor.
Minha bailarina é encantoria de encantamento, uma belezura de formosura, ai que gostosura.
Essa mulher, menina, moça, senhora de graças femininas.
Apresenta uma doçura peculiar em seu jeito de falar, sua voz e seu sorriso, alcançam tantas coisas em mim que nem sei nomear.
Ela chorava como um São Pedro que, dos altos eternos, manda chuva.
Confesso e falo em verso: não gosto de chuva nem frio.
Prefiro os dias ensolarados e quentes porque o brilho do dia me lembram das cores de meu orixá.
Como amei essa mulher, essa senhorita, essa dama.
Amei como quem desliza em um rio cumprido como o fim dos tempos.
Não sei se ela sabe disso, mas, chorei muitas vezes calado.
Quieto e baixinho por não saber amá-la mais, há momentos que perdemos o traquejo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário