domingo, 16 de maio de 2010

Bailarina



Em um dia qualquer, como são os dias, conheci uma bailarina

Logo ao vê-la o dia ficou diferente e minha atenção não podê se dispersar

Não tinha meios de ser indiferente a ela, com seu corpo esquio, seus passos a andar nas ruas como se 
fossem feitas de nuvens.

Neste dia espetacular conheci uma bailarina e, me encantei como um navegante, cujo destino é desconhecido e se manifesta além do horizonte.

Minha carta náutica, minhas bússolas todo meu aparato para navegar se dispersou.

Tribulação em motim e um coração à deriva desobedecendo minhas ordenanças.   

Me afoguei em seus caprichos de sereia, em sua pele de jasmim e em seu perfume de laranja.

Aliás laranja é fruta que gosto muito.

A bailarina em questão dançava com palavras melódicas.

Gestos delicados e uma pureza de anjo.

Desconfio que se trata de um anjo caído, mas, não importa.

Suporto bem seu peso em meus braços e solicito, a toda espécie de santidade, que seja assim para sempre.

Se o diabo existe é coisa sem eira nem beira como o amor.

Minha bailarina é encantoria de encantamento, uma belezura de formosura, ai que gostosura.   

Essa mulher, menina, moça, senhora de graças femininas.

Apresenta uma doçura peculiar em seu jeito de falar, sua voz e seu sorriso, alcançam tantas coisas em mim que nem sei nomear.

Ela chorava como um São Pedro que, dos altos eternos, manda chuva.

Confesso e falo em verso: não gosto de chuva nem frio.

Prefiro os dias ensolarados e quentes porque o brilho do dia me lembram das cores de meu orixá.

Como amei essa mulher, essa senhorita, essa dama.

Amei como quem desliza em um rio cumprido como o fim dos tempos.

Não sei se ela sabe disso, mas, chorei muitas vezes calado.

Quieto e baixinho por não saber amá-la mais, há momentos que perdemos o traquejo.     

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