Todos querem um pouco mais, um sim senhor;
Um pouco de entorpecente para alucinar nossa fatigada realidade
Ilusões para conter nossa fúria, para enlaçar nosso mal estar
Picotando nossas utopias.
Ao final, nosso devir encontra-se enclausurado nas telas de nossas TVs,
Sorrimos contendes e falamos aquilo que nossas antenas captam,
Copiamos e colamos enredos, silenciamos os textos, pagamos impostos,
Gozamos com os escândalos e nos habituamos com a violência,
Damos graças ao senhor e jogamos bombas nos malditos diferentes de nós,
Dormimos contentes com o pão nosso, mesmo que seja pouco demais
Morremos inertes e vivemos caídos.
Os burocratas querem comer meu coração,
Beber meu sangue, qualificar-me com seu discurso sapiente
Querem um pouco mais de minha carne, de meus músculos e de minha força
É necessário obedecer:
Gritam os legalistas sem justiça,
A ordenança fará o mundo melhor: siga o mestre e diga sim!
Vivemos num tempo de obediência, o servilismo é a ordem do dia
Mas, não há para onde ir.
Nosso lugar comum é a obediência
Para subir aos céus e não parar no olho da rua,
Obedece que tem juízo manda quem pode mais,
Somos vassalos cibernéticos, escravos sem correntes.
Parabéns Ricardo,
ResponderExcluirPenso que temos correntes sim,virtuais, sexuais e políticas um vacilo e ela é puxada.
Se não estivermos na rede não existimos, se não dermos ou sentirmos prazer somos categorizados em algum grupo (gênero)e dependendo dele a corrente torna-se real e dentada, quanto a corrente política esta nos deixa um pouco mais solto desde que voce não revele sua militancia,ou não se expresse até aí considere-se sem correntes... Quanto mais tempo mais palavras e ainda não encontrei a palavra chave para me libertar das correntes....(rsrsrs)