sábado, 18 de janeiro de 2014


Escritos
Meu ato de escrever é criminoso
Deliberadamente pulsional.
Um crime de matar
Mato para escrever
Escrevo para dar vida.
Meu ato de ir para voltar.
Algo vive nas reminiscências
Encontro-me sempre despido
Uma nudez que cobre meu ser.
O meu sangue é a palavra
Com cor de texto.
Palavra que não possuo
Que invade para pode sair.
que sai para ficar por alguns instantes
Minha melhor roupa é a escrita.

Bom dia
Desconheço a tua ira
Não pude ainda conhecê-la
Nem cortejá-la.
Tão cedo cultuo o pesar.
Esta maneira de falar das coisas
O grito, o gesto.
A forma como andas
para não chegar a lugar algum.
Pisas o chão com força
Quero te falar
Disso que não sei.
As imagens dizem sem língua
Um bom dia
Uma felicitação, uma concórdia
Um salve-rainha.
Rito de alegria e sol.
Bom dia.

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