Pássaro preto voou para não voltar.
Tornou-se anjo e atravessou o arco-íres.
Não deu tempo de despedida deixando saudade.
Pássaro preto feito andorinha no fio do amor.
Ai que saudade de você.
Lamento de quem vive lembrando o tempo finito dos encontros.
Aqueles entre a Savassi e a Contorno.
Nas mesas dos bares em meio ao vinho e os quitutes.
Herdei alguns livros como filho mais velho.
Outros não pude ler, desperdício de tempo e prosa.
Foi embora meu caro José.
Foi fazer o que: descortinar o infinito;
Contempla o mistério nos fins de nossos dias;
Guardar segredo sobre a finitude;
Marcar nossas vidas com saudade;
Vai José morar com Quintana colher novas palavras.
Amanha me juntarei a vocês.
Nenhum comentário:
Postar um comentário