A desesperança deseja comer meu coração
Devorar minha alma e aniquilar meus pensamentos
Por vezes, ao lado da tirania deseja fazer aberrações com meu ser
Não posso deixar, mas, como fazer?
Meus olhos, estes que se encontram torturados, encontram em todos os cantos
aquilo que não é poética não é beleza.
Resta-me apenas o recurso de minha mão
Ela vagarosamente se debruça sobre a folha em branco
Tenho uma caneta traçando ali, as minhas esperança.
Uma cartografia de um mundo melhor, terceiras margens, belos horizontes, minas gerais, novas eras
Sonhos e devaneios eis de escrever,
Eis de escrever antes de ser devorado por tiranias mil e loucuras incomensuráveis,
Nos jardins das desilusões encontrarei os sofrimentos perdidos
Meu tempo é escuro é escuro meu tempo, há ranger de dentes, abominações,
Mas sei dos tempos de minha infância, da casas de pau a pique
Das danças populares e dos festejos nas praças
Meu tempo é alegria popular e populosa
A palavra fundamenta-se para iluminar onde há trevas
O texto prepara os caminhos afiando os passos
Não há como andar sem reconhecer a tessitura dos verbos
Nem há como respirar esse arzinho que tem gosto de linguagem
Estou chorando.
ResponderExcluirAbraço!
Não chores meu caro, lutemos escrevendo! Escrevendo nas entre linhas, por linhas tortas, por vias, avenidas, nas margens, nas capas.
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