Velha igreja abandonastes tuas torres ao chão.
Seus sinos não tocam mais.
Seu som solene é lembrança de tempos ânticos.
Teus fantasmas estão soltos.
Andam em meio aos viventes
Assombram os infiéis.
Suas reminiscências persistem em nós.
Santos não há mais em teus caminhos.
O altar também desmoronou e com ele meus atos de renuncia.
Restam-lhe livros velhos registros de teus ancestrais.
Homens e mulheres, meninos e meninas.
Saudade, divindade, solidão.
Teus fiéis estão a postos esperando por um sermão que tardara.
Pecados a perdoar: não há mais.
O tempo cura todos os transtornos.
Suas paredes estão deitadas ao chão.
Seus bancos foram retirados.
Porcos, aves e ratos ocupam desordenadamente seus espaços.
Restos da sacristia ainda resistem para guardar os sacramentos de teus atos solenes.
Batismos, casamentos e missas; Padre-nosso não há mais.
Tornou-se saudade, lembrança dos velhos.
O tempo restaura o teu templo.
Restam-lhe as tábuas velhas e a alma desses dias.
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