sábado, 22 de maio de 2010

Seus Encantos

Ao observar seu sorriso;
Ao ver seus olhos;
Seu longo cabelo, seu corpo esquio: encantei-me.
O desejo me ocorreu seriamente e fiquei em sonho;
Sonhei como seria tê-la;
Sentir seu cheiro de moça-mulher-menina;
Você que vejo com receio de enlouquecer-me;
Gosto de sua voz, som de roça;
Aprecio sua alegria e compadeço em vê-la sentida;
Lembro-me da virgem de Michelangelo;
Ela se chamava Vitória e foi pintada belamente;
Um auto retrato; um retrato de minha vontade de beijá-la.
De fazer-me beija flor em seus braços;
Quero navegar em teu corpo;
Ser naufrago em seus mares;
Mas, admito-me escravo e me calo, silencio as palavras.
Sou um covarde por não amá-la como imagino. 
És bela demais para não observá-la.
Você é uma bela medieval, entre conchinhas, que colhi nas praias daqui;
Uma possessão cercada de anjinhos barrocos das terras de onde venho;  
Sua presença me toca, onde deus dúvida;
Indiferença é um lugar que gostaria de habitar para não ter contigo.  
Mas, não creio em milagres, prefiro a estupidez de perder-me.
O amor é profundeza e encanto, assim, resta-me afogar-me. 

Um comentário:

  1. A cada mísera letrinha
    esvaneço de sentir.

    O sentimento não cabe no corpo
    nem na alma.

    Por isso
    entrecampos
    sai a jorrar água dos olhos.

    Mas é água do mar
    que socorre-me a pequeniz.

    Em teu mar grande
    palavras pequenas
    escorregam pelos dedos,
    e,
    são belas.

    Perder-se é só um meio de encontrar-se.

    Tenhamos coragem.

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