Quando lhe vejo assim com fúria e rancores;
Esquecida de meu amor, de seus rumores, dos monossílabos em noites quentes de corpo a corpo que pronunciamos, dos gritos e tudo mais.
Quando esqueces que trago incertezas, meus infortúnios da vida, dos meus pesos, rancores e dos silêncios que tenho que sustentar.
Quando tudo parece fim, tenho em mim as insurgências dos marimbondos lutando por comida;
Uma luta terrível e virulenta que destrona palácios.
A plebe não pode esperar pelo raiar dos dias e me conservo como um enfermo terminal;
Sou uma alma penada em busca de conciliação.
Como te querer se tens a ausência como atributo e a dúvida como condição para amar.
Vivo apesar de suas ausências, se grito e falo auto é que sou homem: não suporto outra condição.
Não tenho opção de fazer-me aquilo que não sou.
Meus ditames de vida conservam instantes de ódio e amor.
Há tempos aceitei essa condição e não me incomodo muito com minha faltas.
Dividir é algo doloroso quando se desconhece incompleto.
Falto em tudo, tudinho mesmo, sem fim e com começo desconhecido.
Estou entre aquilo e aquilo outro, meu desejo também é interrogação.
Quando de vejo com ódio de mim tenho assombros e calafrios;
Mantenho a calma, mas não posso e não sei como fazer.
Te vejo partindo, indo-se para onde, não sei?
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